Prof. Johan Malan, Middelburg, África do Sul (Maio 2009
Um cristão vigilante é uma pessoa que tem plena consciência das realidades espirituais da sua vida em Cristo, e obtêm a motivação e fôrça para a sua vida dessa fonte divina. Ele tem também consciência dos perigos espirituais contidos no reino oposto de Satanás, e resiste-lhes ativamente. Tal batalha trava-se no reino espiritual das nossas vidas, pois nós não lutamos contra carne e sangue, mas sim contra um poder espiritual hostil e seus malévolos princípios (Efésios 6:12). Quanto mais nos lembrarmos da realidade desse outro mundo invisível, mais vigilantes devemos estar. Quanto mais inclinados estivermos para o mundo secular, menos vamos considerar as realidades espirituais, desprezando assim ordenar as nossas vidas de harmonia com elas. Estar vigilante no sentido bíblico, requere que os nossos olhos estejam abertos a certas realidades e que tal conhecimento determine as nossas decisões e ações.
Há três perspectivas espirituais que todo o cristão vigilante deve conhecer. O aumento do conhecimento dessas perspectivas habilitá-lo-á afinar a sua compreensão e a determinar quais as ações mais apropriadas:
A primeira é uma perspectiva dirigida para o alto, pois nós devemos manter sempre os olhos no Senhor Jesus para O podermos seguir e caminhar segundo os mandamentos da Sua Palavra: “Punhamos de parte todo o peso e o pecado que tão facilmente nos enreda, e corramos com perseverança a corrida que está à nossa frente, olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa fé” (Hebr. 12:12). Os pecados e as preocupações e cargas que trazemos às costas podem facilmente perturbar o nosso relacionamento com Ele, e devem ser confessados e abandonados se desejarmos uma dedicação verdadeira ao nosso Guia e Salvador. Devemos ter constantemente em mente que Ele pode regressar a qualquer momento para pedir contas aos Seus discípulos das suas vidas depois de convertidos (Marcos 13:33-37; Rom.14:10-12). Quando Cristo nos mostra o caminho na Sua Palavra e O seguimos diariamente, então faremos obras próprias de arrependimento, evitando assim a possibilidade de comparecermos de mãos vazias perante o trono do Seu julgamento (Veja-se também 1 Cor. 3:9-16).
A segunda perspectiva é uma perspectiva dirigida ao interior, e diz respeito a um exame contínuo de nós próprios, de forma a podermos verificar sob a Direção do Espírito Santo, se existe algum fermento de pecado nas nossas vidas (1 Cor. 5:6-8). David orou: “Sonda me ó Deus e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se existe em mim algum caminho mau e guia-me no caminho eterno” (Salmo 139:23-24). Nós devemos acautelar-nos constantemente contra más atitudes e pensamentos que podem entrar nos nossos corações. Para o podermos fazer, devemos considerar cautelosamente tudo quanto lemos e vemos, que espécie de conversação usamos e qual a natureza das nossas amizades. “Vigiai e orai para não entrardes em tentação. O espírito por certo está pronto mas a carne é fraca” (Mat. 26:41).
A terceira perspectiva, que devemos adaptar, é dirigida ao exterior. A este respeito devemos considerar dois aspectos: Devemos poder discernir a necessidade espiritual de outras pessoas e fazer o necessário para lhes proclamar o evangelho de Cristo. Jesus disse: “Levantai os olhos e olhai para os campos, pois eles já estão brancos para a ceifa… De verdade a ceifa é abundante, mas os ceifeiros são poucos “(João 4:35; Mat. 9:37). Nós devemos dedicar-nos ao serviço do Senhor e suprir as necessidades espirituais de outras pessoas. E, desta maneira, podemos fazer colheita para o Seu reino.
O outro aspecto desta terceira perspectiva, é tomarmos nota das estratégias e falsos ensinamentos do inimigo e evitarmos ser apanhados por armadilhas malignas através da sua astuta decepção. Os ignorantes que estão a seguir o mau caminho devem ser avisados, cuidando nós ao mesmo tempo de nós mesmos para não sermos enganados: “Irmãos, se algum homem for surpreendido n’alguma ofensa, vós que sois espirituais encaminhai esse num espírito de mansidão, olhando por vós mesmos para que não sejais também tentados” (Galatas 6:1). “Portanto, que aquele que pensa estar de pé tenha cuidado e não caia” (1 Cor. 10:12). Nós devemos confiar diariamente que o Senhor Jesus nos proteja contra as artimanhas do diabo, e procurar não perder a nossa perspectiva espiritual, pois isso levar-nos-ia a cair por não conhecermos as estratégias do inimigo.
Há uma perspectiva que não devemos seguir, que é uma de retrocesso. Paulo disse: “…uma coisa eu faço, esquecendo as coisas que estão para trás e avançando para as coisas que estão à frente prossigo para o alvo, para o prêmio do soberano chamamento de Deus em Jesus Cristo” (Filip. 3:13-14). Nós não devemos explorar sempre o passado e abrir de novo velhas chagas lembrando às pessoas os seus êrros e passado pecaminoso. Se uma atrocidade ou pecado foi perdoado, deve também ser esquecido. Salomão diz: “Aquele que encobre uma transgressão procura o amor; mas aquele que repete a questão afasta o melhor dos amigos” (Prov. 17:9). Depois de erros terem sido perdoados, uma pessoa deve seguir a sua vida sem estar continuamente a olhar para trás. O diabo deseja sempre submeter os cristãos a sentimentos de culpa relativos a pecados passados, os quais o Senhor há muito limpou e completamente esqueceu. A finalidade do diabo é enfraquecer a nossa fé e levar-nos a duvidar da nossa salvação. Resisti-lhe! O Senhor perdoa e esquece os nossos pecados e não os relembra mais (Isaías 43:25). E nós devemos também perdoar e esquecer os pecados daqueles que transgrediram contra nós.
Devemos estar sempre acordados e alerta: “Portanto, não durmamos como outros fazem, mas vigilemos e sejamos sóbrios” (1 Tessal. 5:6). Paulo deu este comando a uma congregação que tinha uma esperança ativa na segunda vinda de Cristo. Esta congregação necessitava de estar bem informada e sempre pronta para o que o futuro lhe pudesse trazer, pois isso ajudá-la-ia a agradar ao Senhor e a manter elevadas normas espirituais. A palavra que foi traduzida “dormir” nesta escritura, refere-se a letargia espiritual e insensitividade. Esta é a condição do não-salvo, isto é, das outras pessoas referidas por Paulo. Os crentes devem estar vigilantes e ser sóbrios, esperando pelo regresso do Senhor, de forma a poderem manter-se firmes durante períodos difíceis e por fim dar-Lhe conta das suas vidas com ousadia.
Os cristãos de todas as épocas, mas mais especificamente os que vivem no tempo do fim, devem precaver-se contra a apostasia, que pode de maneiras diferentes influenciar adversamente a nossa fé, as nossas emoções e a nossa expectativa profética da vinda de Jesus Cristo. A intensidade das pressões a que estamos expostos, nas suas formas múltiplas, está a aumentar rapidamente. Estes ataques têm efeitos devastadores nas vidas daqueles que não têm a perspectiva bíblica corretas nas nossas circunstâncias, e que não estão seguramente ancorados na Rocha das Idades. Este problema tem muitas causas, particularmente as doze seguintes:
1. Tempos perigosos
A extrema carnalidade e um tipo de santidade sem vida, estão rapidamente a tornar-se as características principais do Cristianismo nominal do tempo do fim. Será difícil e mesmo até impossível os verdadeiros cristãos adaptarem-se a condições sociais e religiosas desta natureza. Paulo disse: “Mas sabei isto, que nos últimos dias virão tempos perigosos: Pois os homens serão amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, orgulhosos, blasfemos, não obedecendo aos pais, ingratos, profanos, sem afeto natural, não perdoando, caluniadores, incontinentes, cruéis, desprezadores do bem, traidores, obstinados, altaneiros, amantes do prazer em vez de amarem a Deus, tendo uma semelhança de santidade mas negando o poder da mesma. Afastai-vos destes tais!” (2 Timóteo 3:1-5).
O amor de cada um por si mesmo será a característica dominante das pessoas, enquanto que o desporto e os desejos da carne serão mais importantes para elas do que a religião. Nos seus esforços para atingir a culminância, o homem do fim do tempo agirá cruelmente e sem vergonha para com os outros, não hesitando usar a subversão, a traição e a corrupção. Abusará também da religião, com o fim de criar para si uma imagem aceitável pela sociedade, negando na prática os princípios básicos do Cristianismo evangélico com as suas ações. Ele será um cristão apenas em nome, projeitando totalmente uma imagem falsa do Cristianismo. Será um seguidor fervoroso dos enganadores e falsos profetas que substituíram a verdade por uma mentira.
Os verdadeiros cristãos não serão capazes de se associar a pessoas, igrejas ou pregadores desta natureza, e não terão outra alternativa senão abandonarem todas as formas de falsa religião. Por conseguinte, os cristãos evangélicos vão ser cada vez mais postos à margem na sociedade, e até perseguidos. Serão vítimas dos atos sem fundamento e sem coração da maioria dos comprometedores e terão de enfrentar ser maltratados devido à sua fé em Cristo.
2. Interpretação errada da Bíblia
É muito importante fazer distinção entre as diferentes dispensações de Israel no Velho Testamento, a igreja no Novo Testamento, o reino do Anticristo depois da era da igreja e a dispensação do reino de Cristo na Terra depois da Sua segunda vinda. A falta de discernimento dispensacional é uma das razões mais importantes porque tantos membros de igrejas cristãs estão fora de alinhamento com a Bíblia e adaptam pontos de vista completamente errados sobre assuntos espirituais. Esta disposição também afeta a sua vigilância espiritual, pois não conhecem a sua posição no plano de Deus para as diferentes eras. Muitos cristãos, (particularmente os amilianistas), misturam estas quatro dispensações, conferindo assim uma natureza confusa e inerentemente conflituosa à dispensação da igreja.
As pessoas que adaptam esta atitude espiritualizam as profecias bíblicas e alegam: (1) Que Israel foi substituído pela igreja (teologia de substituição) e que, de acordo com a Bíblia, não há regresso do povo de Israel ao seu território no final dos tempos; (2) que houve vários anticristos durante a dispensação da igreja e que, consequentemente, não vai haver qualquer governo mundial anti-cristão depois da dispensação da igreja; e (3) que o diabo está preso durante a dispensação da igreja, permitindo-nos assim reinar com Cristo agora como reis (dominialismo), uma vez que não haverá um futuro reino de paz depois da segunda vinda de Cristo. Todas as promessas feitas a Israel no Velho Testamento, relativamente a um futuro reino depois da vinda do Messias como Rei dos reis, são erradamente transferidas para a igreja e aplicadas à presente dispensação.
Há várias consequências graves para esta errada interpretação da Bíblia. Tais crentes não consideram a restauração de Israel para o seu território como um dos sinais mais importantes do tempo do fim. Nem se preparam para as horas difíceis que serão o prelúdio do período de tribulação e da revelação do Anticristo. Devido a considerarem o Anticristo como uma figura histórica que veio e se foi, não acreditam na vinda de um Anticristo do tempo do fim que será destruido por Cristo na altura da Sua segunda vinda (Veja-se 2 Tessal. 2:8; Apocal. 19:19-20). Não acreditam também no arrebatamento como maneira de escapar ao futuro governo do Anticristo na Terra (Veja-se Lucas 21:36). O que êles de facto acreditam é que, antes da segunda vinda de Cristo, o reino de Deus será visivelmente estabelecido na Terra pela igreja – suposição que claramente contradiz a Bíblia. Tendo em vista esta expectativa, não consideram o período presente como um tempo de grande apostasia em preparação para a revelação do Anticristo, mas sim como um tempo de grandes reavivamentos, sinais e maravilhas e de unidade e paz na Terra que, de acôrdo com êles, culminará na revelação do terrestre reino de Deus.
É óbvio que a teologia do reino (dominionismo) e a espiritualização da Bíblia são contrários ao comando de uma maior vigilância numa altura de grande apostasia. Se as pessoas não forem sérias no estudo e aplicação da Palavra da verdade, vão tornar-se apologistas do govêrno mundial do Anticristo sem se aperceberem. Tal governo terá como base uma ideologia inclusiva, em que todas as religiões são igualmente reconhecidas e convidadas a operar juntas para a realização da paz mundial. As pessoas espiritualmente enganadas colaboram com o falso “Cristo”, descrito na Bíblia como “Anticristo”. Do ponto de vista bíblico, tais pessoas definitivamente que não podem ser descritas como cristãos vigilantes.
3. Rejeição do arrebatamento
Quando a escatologia bíblica é interpretada erradamente devido à mistura das diferentes dispensações, a promessa do arrebatamento perde o significado e a profunda bênção espiritual que foi destinada a ser para nós. As opiniões erradas do tempo do fim levam a igreja a ver-se como Israel e a aceitar um chamamento para o estabelecimento de um reino terrestre. Sob a influência destas ideias enganadoras, tais opiniões rejeitam o escape aos próximos julgamentos por meio do arrebatamento e a subida com Cristo para a nossa morada celestial. O resultado é que tais pessoas negam por completo a promessa do arrebatamento antes da tribulação.
No entanto, o Senhor Jesus diz: “Vigiai portanto, e orai sempre para que sejais contados dignos de escapar a todas estas coisas que vão acontecer e comparecer perante o Filho do Homem” (Lucas 21:36). Paulo diz que nós devemos “esperar pelo Filho de Deus, do Céu, a quem Êle ressuscitou dos mortos, o próprio Jesus que nos liberta da ira para vir” (1 Tessal. 1:10). Nós não estamos destinados a sofrer a ira de Deus durante a tribulação, mas sim a receber a salvação através de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tess. 5:9). O Senhor Jesus “descerá do Céu com um grito com a voz de um arcanjo e com a trombeta de Deus. E os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. E então, nós que estamos vivos, seremos arrebatados junto com eles nas nuvens a encontrar o Senhor nos ares” (1 Tess. 4:16-17).
Os cristãos vigilantes esperam que o Senhor Jesus como Noivo Celestial, nos vai levar antes do período da tribulação. Para nós, o arrebatamento é a “abençoada esperança e glorioso aparecimento do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:13). Os cristãos que não têm esta esperança e até afirmam que não há arrebatamento, obviamente que não se preparam para estes encontro. E há ainda aqueles que acreditam que vai haver um Anticristo literal e um período de tribulação, mas dizem que o arrebatamento só acontecerá a meio ou algures na segunda metade da tribulação. Possuem de facto uma expectativa da vinda do Anticristo e não da vinda de Cristo, e ocupam-se principalmente com estratégias de sobrevivência para a primeira metade da tribulação. Para eles, a vinda do Noivo celestial como um ladrão no meio da noite, não constitui possibilidade imediata, pois o falso messias tem de vir primeiro. Estão à espera da pessoa errada!
4. Uma visão de um reino falso
A vigilância pode também ser relacionada com o conhecimento dos dois reinos que em breve vão ser revelados na Terra. O reino da luz e o reino das trevas estão prestes a revelar-se na Terra como realidades visíveis, para realizar o tão desejado ideal de paz e prosperidade do homem. Durante o presente tempo de crescente tensão devido à renovada corrida aos armamentos, às nuvens de guerra que se estão a juntar no Médio Oriente, ao aumento da temperatura global devido à crescente poluição atmosférica, à recessão econômica geral e ao desemprego, bem assim como à ameaça de doenças epidêmicas que podem espalhar-se rapidamente de um país para outro, todas as nações anseiam por um governo que tenha poder para fazer face aos problemas globais, de uma maneira justa e efetiva para o bem de todos.
Deus promete-nos um governo mundial de retidão, paz e prosperidade econômica, bem assim como a salvaguarda contra a doença e o sofrimento (Isaías 2:2-4; Jerem. 3:17; Mal. 4:2; Amos 9:13). Seu Filho Jesus Cristo, será o cabeça desse governo, governando o mundo do restaurado trono de Devid em Jerusalém (Lucas 1:31-33; Salmo 2:6). Mas esse governo de retidão apenas será instituído depois do regresso de Cristo à Terra como Rei, descendo no Monte das Oliveiras, e depois de ter julgado os Seus inimigos (Apocal. 11:15; 19:11-16; Zac. 14:2-17 ).
Através dos séculos, Satanás também tem estado ocupado num plano para oferecer à humanidade um reino de alternativa, em que o mundo seria governado por um falso “Cristo” (o Anticristo). Depois de ter sido expulso do Céu, Lúcifer estabeleceu um reino espiritual nos ares, acima da Terra, de onde, como cabeça de um mundo caído e maligno, controla as multidões não-salvas (João 14:30; 2 Cor. 4:4; Efésios 2:2 e 6:12; 1 João 5:19). Este sistema de controlo espiritual será transformado num governo mundial visível sob a direção pessoal do Anticristo e do falso profeta. O dragão (Satanás), dará à besta (o Anticristo), “o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Apocal 13:2), que lhe tornarão possível o uso de autoridade executiva sobre toda a tribo, língua e nação (Apocal. 13:7).
Na sua capacidade como falso “anjo da luz”, (2 Cor. 11:14), Satanás quer e imitar a promessa de Deus de um governo mundial de paz e harmonia, prometendo um governo global unificador às nações do mundo divididas e em guerra – O Anticristo vai aparecer em cena como um falso príncipe da paz, que aparentemente começará a transformar o mundo e a resolver todos os seus problemas para o benefício de todos. Por meio de poderes demônicos ele e o falso profeta farão sinais e maravilhas, para levarem toda a gente a pensar que foram enviados pelo Deus verdadeiro, e de facto O representam (2 Tesss. 2:8-10; Apocal. 13:11-15). Isso dará origem à adoração do Anticristo e de Lúcifer que pretenderão ser Deus: “E todo o mundo se maravilhou e seguiu a besta. E assim todo o mundo adorou o dragão, que deu autoridade à besta; e adoraram a besta dizendo Quem se compara à besta? Quem pode fazer-lhe guerra?” (Apocal. 13:3-4).
Diretamente depois do arrebatamento, o governo global do diabo será estabelecido sob a direção do Anticristo e do falso profeta. Todas as ideologias políticas serão unidas e aceites, com um único governo mundial; todas as religiões vão reconhecer o Anticristo como seu messias comum, honrando-o e adorando-o. Vão segui-lo com espanto devido às transformações nessa nova ordem mundial. Éle vai também chefiar uma economia mundial controlada centralmente, em que ninguém vai ter o direito de comprar ou vender sem possuir o seu número (Apocal. 13:16-18). As pessoas que receberem a sua marca e número escaparão à fome, à perseguição e ao desemprego, mas pelo preço elevado e terrível de serem forçadas a adorar a besta (Apocal. 14:9-11).
A vigilância espiritual que a Bíblia espera de nós exige a habilidade para distinguir com clareza estes dois reinos, e a nossa promoção e apoio a um, rejeitando ao mesmo tempo, desmascarando e mostrando o falso reino pelo que na realidade é. Se nos mantivermos verdadeiros quanto ao reino de Cristo e nos dedicarmos às preparações para a sua vinda, tal vigilância pede-nos que Lhe sejamos fiéis e à direção do Espírito Santo e tenhamos a expectativa profética de O ver como Noivo celestial. Devemos também fazer os preparativos necessários para comparecer perante o Seu trono de julgamento, onde daremos conta das nossas vidas como Seus discípulos. A par disto, devemos empenhar-nos na oposição ao governo maligno de comprometimento e decepção do Anticristo.Devemos compreender que somos apenas estrangeiros e peregrinos num mundo que se encontra sob a influência do Maligno e também que espiritual e moralmente falando, uma era de escuridão está a descer sobre o mundo Somos aconselhados a tomar nota destes acontecimentos e a resistir-lhes.
As pessoas que não são capazes de distinguir entre estes dois reinos, seguem um caminho em que facilmente podem ser vítimas da decepção do fim dos tempos, de Satanás. Por causa da sua ignorância, elas vão ver o globalismo político e religioso do “anjo da luz” como libertação de Deus, dando-lhe completo apoio. Esta torre de Babel moderna (globalismo do fim dos tempos), está a ser construída à frente dos nossos olhos, fortemente apoiada pelo pensamento ecumênico. Pessoas de todas as convicções políticas e religiosas estão a dar-se mãos para realizar o sonho da sua visão de uma nova ordem mundial, no interesse da sua própria sobrevivência. Acontecem no seu meio várias manifestações do seu reino humanista e satânico, por exemplo sinais dúbios e maravilhas, por um espírito diferente e outro Jesus (2 Cor. 11:4). A oração é substituída pela meditação transcendental, e ligações ecumênicas multi-religiosas estão a abrir caminho à aceitação do messias universal de todas as fés. Ele emerge “do deus desta era” (2 Cor.4:4), que é o deus falso de todas as religiões falsas.
Constitui indicação da forma mais extrema de decepção e falta de vigilância, quando as pessoas se tornam apologistas deste reino de alternativa do diabo.
5. A arrogância dos dirigentes malignos
A auto-exaltação e a arrogância são as características comuns da humanidade dos nossos dias. O homem deseja ser o seu próprio deus, que determina o seu destino. Os cristãos vigilantes devem esperar que tais dirigentes não tenham qualquer respeito por Deus e pela Sua Palavra nem honrem os princípios da Civilização Cristã. Eles vão considerar seu dever diminuir e perseguir os cristãos evangélicos que se opõem à sua conduta. Deus vai julgar estes dirigentes malignos e seus igualmente malignos seguidores durante o período de tribulação depois do arrebatamento: “Eu castigarei o mundo por causa da sua maldade, e os malignos pela sua iniquidade; porei fim à arrogância dos orgulhosos e rebaixarei a altivez dos terríveis” (Isaías 13:11).
A conduta arrogante desta natureza é também característica dos dirigentes espirituais apóstatas que procuram o poder, a riqueza e o domínio à custa da verdadeira adoração e interesses de outras pessoas .Eles estão ocupados na construção do seu próprio reino na Terra, e por esse motivo não se interessam realmente pela segunda vinda de Cristo. A sua carnalidade e desejos pecadores levam-os a vidas permissivas e ao abuso do álcool. Vão ficar para trás no arrebatamento, tornando-se objecto da ira de Deus:
“Mas se esse mau servo disser no seu coração ‘O meu patrão está atrasado na sua vinda, e começar a bater nos servos seus companheiros e a comer e a beber com os bêbedos, o patrão desse servo chegará num dia em que o não espera e a uma hora de que não dá conta e cortá-lo-á em dois dando-lhe a porção dos hipócritas. Haverá choro e ranger de dentes” (Mat. 24:48-51).
Todos os servos do Senhor devem estar alerta para não caírem neste estilo de vida. Um fraco tipo de retidão e o servir apenas de boca a Cristo por pessoas enganadas, de nada lhes servirão no dia do julgamento, pois serão rejeitadas pelo Senhor (Mat. 7:21-23). Os verdadeiros crentes devem acautelar-se e evitar seguir o mau exemplo de falsos professores.
6. Ataques à posição econômica das pessoas
À luz das profecias bíblicas, é de esperar que se registe no final dos tempos uma grave crise econômica e monetária, como parte de um plano maligno para a obtenção do controlo da economia mundial e para a instituição de um sistema único sem dinheiro contado, para todo o mundo. Durante as últimas décadas foi promovida em todos os países a pretensão de grande riqueza e prosperidade, permitindo ao fornecimento de dinheiro crescer mais rapidamente que a economia do país, de forma a poder oferecer crédito barato a virtualmente toda a população.Até a gente nova que apenas havia pouco tempo tinha começado a trabalhar, conseguiu obter grandes empréstimos a juros baixos para a compra de casas caras, automóveis e outros artigos de luxo. Mas o risco era elevado, pois não tinham ainda provado ser economicamente suficientemente dignos de crédito para ganhar acesso a tamanhas somas de dinheiro.
A humanidade em geral está apanhada na garra do materialismo, devido a estes acontecimentos.As pessoas começaram a comprar tudo quanto os seus olhos cobiçavam Os negócios floriram no mercado vivo e muitos entraram no mercado em grande número para participar na riqueza. Os países árabes produtores de petróleo, conseguiram grande riqueza em pouco tempo, e os países comunistas rejeitaram a longa tradição do socialismo para abraçarem uma economia capitalista de mercado livre, com o fim de explorar a crescente nuvem de prosperidade. A União Soviética dividiu-se em 15 repúblicas capitalistas. A China, não abandonou o regime comunista, mas adaptou no entanto uma economia capitalista, que cresceu a passos largos.Outros países asiáticos, como o Japão, a Coreia e a Índia, também se tornaram sérios competidores no emergente sistema mundial de mercado livre. A riqueza aumentou rapidamente e em breve a maioria das pessoas não se satisfazia se não tivesse do melhor.
A demanda excessivamente alta na economia mundial criou o problema da inflação,que em muitos casos subiu a níveis prejudiciais. Os preços da propriedade fixa e produtos subiram para mais do dobro em poucos anos. Os bancos centrais aumentaram as taxas de juro para fazer frente à inflação. E o resultado inevitável foi que a procura por casas caras e artigos de luxo baixou subitamente e consequentemente os preços também. Muitas pessoas já não podiam pagar altas prestações, e milhares delas devolveram as casas e carros de luxo aos bancos que as tinham financiado. Em muitos casos, até os grandes bancos e negócios que já não tinham grande movimento de fundos se tornaram insolventes. A maior parte deles não acumulou reservas durante os “anos de abastança”para usarem para sobreviver nos “anos de penúria”. Em vez disso, pagavam salários exorbitantes ao pessoal de gerência, (particularmente aos de mais elevada posição), e gastavam milhões de dólares em publicidade e apoio ao desporto. Presentemente muitos encontram-se frente a grandes problemas e não conseguem ver a luz ao fundo do túnel.
Os cristãos vigilantes já deviam ter compreendido há muito tempo, que esta onda artificial de prosperidade terminaria mais cedo ou mais tarde e, à luz dessa expectativa, deviam evitar incorrer em débitos excessivos e viver acima das suas possibilidades. Os que não agiram responsavelmente encontram-se agora em grandes apuros.
Nós devemos compreender, que a presente grave recessão na economia mundial está a preparar o terreno para o controlo internacional (globalismo econômico) e para a instituição de um novo sistema monetário para o mundo. Os cristãos vão ter de viver ainda com mais cuidado e aprender a estar contentes quando lhes são fornecidas as necessidades básicas. Os crentes que assim procedem vão poder estender a mão aos necessitados apesar das dificuldades, aligeirando-lhes assim a sua situação. Os outros vão estar tão aflitos com as suas dívidas, que vão começar a ter dúvidas e até a culpar Deus se Ele não for em seu auxílio e não os ajudar a sobreviver financeiramente, a obter emprego apropriado e a sair da sua situação de dívida. Estarão então a colher o fruto daquilo que semearam, e não podem culpar Deus dos seus problemas. Se tivéssemos os olhos da mente iluminados pela orientação do Espírito Santo, teríamos podido antever estes problemas e adaptar a tempo as medidas necessárias para lhes fazer frente.
7. Avisos contra o materialismo
A Bíblia contem sérios avisos contra o materialismo e o amor ao dinheiro, e nós devíamos sinceramente obedecer-lhes. Paulo diz: “Porque nada trouxemos para este mundo, e é manifesto que nada levaremos. Mas, tendo alimento e vestuário, com isso estejamos contentes. Mas os que desejam ser ricos caiem em tentação e numa armadilha e em muitos desejos loucos e nefastos, que levam os homens à destruição e à perdição. Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todo o tipo de mal, pelo que alguns se afastaram da fé na sua cobiça, e se trespassaram com muitas dores” (1 Tim. 6:7-10).
Um dos nomes que o Senhor Jesus deu ao diabo foi Mamão – o deus do dinheiro (Lucas 16:13). O Mamão deseja cegar as nossas mentes com riquezas de maneira a que nós não juntemos tesouros espirituais no Céu, ocupando-nos em vez disso a amontoar riquezas materiais na Terra. Infelizmente, para muitos cristãos a riqueza terrena até já se tornou norma para obter êxito espiritual. Quando têm muito dinheiro e igrejas grandes e dispendiosas, alegam logo que foi o Senhor que os abençoou. Esse não é absolutamente o caso, pois o Senhor Jesus descreve os crentes que se gabam da sua riqueza terrena espiritualmente falidos: “Porque dizeis sou rico, e não tenho falta de nada – e não compreendeis que sois desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus” (Apocal. 3:17).
Os nossos valores como cristãos nunca devem ser determinados por normas terrenas e materialistas. A forma de pagamento de Deus não é o dinheiro mas sim o sangue de Seu Filho. Pedro diz: “…vós não fostes redimidos da vossa conduta sem propósito recebida por tradição dos vossos antepassados, por coisas corruptíveis como prata e ouro, mas sim pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha” (1 Pedro 1:18-19). Paulo diz: “Porque vós fostes comprados por um preço, glorificai Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que são de Deus” (1 Cor. 6:20). No Céu, a igreja glorificada saberá que eles estão ali apenas por terem sido redimidos pelo sangue do Cordeiro. Eles adorarão o Senhor Jesus cantando: ‘Tu foste morto e redimiste-nos para Deus com o teu sangue, de cada tribo, língua, povo e nação, fazendo-nos reis e sacerdotes de Deus; e reinaremos na Terra” ( Apocal. 5:9-10). Tende cuidado não confiar na moeda secular do mundo depravado à custa dos valores celestiais. Esforçai-vos por vos manterdes entre os redimidos que, em nome do Senhor Jesus e no poder do Espírito Santo, estão a fazer obras com valor eterno.
Os valores espirituais não podem ser comprados com dinheiro. No entanto o dinheiro pode ser usado ao serviço do Senhor, como um modo de atingir um fim, quando obtido de maneira honrosa, e então oferecido como um sacrifício ao Senhor. Os cristãos devem utilizar sabiamente tais dons ao serviço do Senhor e não apropriar-se deles para ganho desonestos. O Senhor avisa os Seus discípulos que não deve existir entre eles um motivo de auto-enriquecimento, pois isso não é característica de um pastor fiel do rebanho de Cristo (1 Pedro 5:2).
8. Ataques às nossas normas morais
O Senhor Jesus avisa-nos que os últimos dias antes da Sua segunda vinda vão ser de novo como os dias de Noé e de Lot (Lucas 17:26-30). Durante esse tempo prevalecia a imoralidade total, e a violência, a homossexualidade, a maldade e o materialismo existiam em larga escala. O Senhor decidiu destruir os iníquos porque eles enchiam a Terra de violência (Gen. 6:13). A humanidade dos nossos dias encontra-se num estado de semelhante imoralidade, anarquia e violência. A apostasia vai continuar a aumentar até o Anticristo ser revelado como o homem do pecado (2 Tess. 2:3). Ele estabelecerá na Terra uma cultura de pecado e vai promovê-la. Durante o período da tribulação, quando os julgamentos de Deus serão derramados sobre o mundo, vão proliferar o pecado e a anarquia: “Mas o resto da humanidade que não foi morto por estas pragas… não se arrependeu dos seus assassinos ou das suas bruxarias, da sua imoralidade sexual ou dos seus roubos” (Apocal. 9:20-21).
Nós estamos agora a viver numa época de grande afastamento da verdade, durante a qual o mundo agnóstico e enganado está a ser condicionado para aceitar e seguir o Anticristo. Os cristãos evangélicos não devem ser parte da apostasia, devendo resistir-lhe (Ver também Efés. 5:11; 2 Tess. 2:7). As pessoas que vivem uma vida permissiva comprometendo-se com o mundo, vão retroceder espiritualmente. O Senhor Jesus avisou-nos contra esta tendência: “E, porque a anarquia vai abundar, o amor de muitos vai arrefecer” (Mat. 24:12). A Bíblia Viva diz: “O pecado reinará por toda a parte e arrefecerá o amor de muitos.
Os cristãos vigilantes devem ter consciência do colapso das normas morais e espirituais, e fazer tudo quanto possível por se manterem firmes, submetendo-se a Cristo e resistindo ao mal, ao mesmo tempo continuando a ser luz num mundo negro, e o sal de uma Terra corrupta.
9. Ataques às nossas emoções
Estamos a viver num mundo a deteriorar, em que existem muitas coisas que também perturbam os cristãos e causam grande preocupação entre eles. A pergunta é, como deveremos reagir emocional e espiritualmente a estas coisas? Muitas das pessoas não-salvas são vitimadas pelo pânico e dedicam-se ao álcool e às distrações para esquecer os seus males.Alguns cristãos fazem o mesmo causando grande dano espiritual a si próprios. O Senhor Jesus avisou-nos: “Mas tende cuidado que os vossos corações não sejam sobrecarregados com glutonaria e embriaguez, e com as preocupações desta vida, e esse dia chegue até vós inesperadamente. Pois ele chegará como uma armadilha a todos que vivem na face de toda a Terra” (Lucas 21:34-35).
Estamos nós a ser sobrecarregados com os cuidados, desapontamentos e más notícias deste mundo? Não devemos permitir que tal nos aconteça, mas sim continuarmos a alegrar-nos no Senhor e a fortalecer a nossa fé com as promessas do nosso maravilhoso futuro com Ele (Neem. 8:10; Hebr. 13:5; João 14:1-3).Isso elevará os nossos pensamentos para o Céu, onde Cristo intercede por nós (Col. 3:1-3).
Existe no entanto um tipo de depressão endógena que não acontece em reação a circunstâncias exteriores, mas é causado por problemas internos como um desiquilíbrio hormonal ou efeitos secundários resultantes de medicamentos para a hipertensão etc. Embora a depressão causada por estes factores não possa ser evitada, nós nunca devemos permitir que o diabo a utilize para enfraquecer a nossa fé ou para nos levar a duvidar das promessas do Senhor. É sempre bom procurar algo construtivo a fazer, para nos mantermos ocupados durante tais expereiências, em vez de nos sentarmos numa cadeira ou irmos para a cama, entregando-nos a pensamentos negros de auto-comiseração.
Os acontecimentos dos últimos dias produzem motivos mais que suficientes para nos sentirmos deprimidos. Mas nós devemos vigiar e orar para que sejamos sempre dignos de nos encontrar com o Noivo celestial no ar, quando Êle nos vier buscar (Lucas 21:36).
10. Rejeição do Deus Triune
Um tipo de decepção espiritual a que devemos resistir com vigôr, é a falsa afirmação por um número cada vez maior de teólogos, que nós deviamos alterar o nosso conceito de Deus pois que, de acordo com êles, um Deus Triune não existe. Isto constitui um esfôrço calculado para negar a divindade e auto-existência eterna do Senhor Jesus, transformando-O num profeta vulgar do género Buda, Maomé e Krishna. Se nós não reconhecermos Jesus como Deus (João 20:28; Filip. 2:11; 1 João 5:20), então rejeitamo-l’O como quem realmente é. Pedro refere-se a Êle como “nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 1:1), mas avisa-.nos que os falsos professores O vão desprezar: “Havia também falsos profetas entre o povo, da mesma maneira que haverá falsos professores entre vós, que trarão secretamente heresias destrutivas, rejeitando mesmo o Senhor que os comprou, e trazendo assim sôbre si mesmos rápida destruição. E muitos vão seguir os seus caminhos destrutivos, por causa de quem o caminho da verdade vai ser blasfemado” (2 Pedro 2:1-2).
Vários movimentos chamados “cristãos”, como o Seminário Jesus nos USA, e a Nova Reforma na África do Sul, dirigem a campanha contra o Deus Triune, e muitos pregadores seguem-nos. E dão um mau nome aos cristãos evangélicos, descrevendo-os como antiquados e fora de contacto com a pesquisa moderna, desassociando-se assim do Deus da Bíblia.Eles agem da mesma maneira que Israel no Velho Testamento durante épocas de grande apostasia.Deus disse-lhes: “Vós abandonastes-Me, diz o Senhor,vós voltastes ao antigo. Portanto Eu estenderei o meu braço contra vós.e vos destruirei” (Jerem. 15:6). A destruição durante a próxima tribulação vai ser também o destino dos modernos rejeitadores de Deus.
Acautelai-vos contra qualquer movimento ou ensinamento teológico que se refira a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.de maneira desonrosa e contra as Escrituras. O movimento subversivo contra o Senhor Jesus começa com a rejeição do Seu nascimento virgem, de forma a transformá-l’O num ser humano vulgar. Subsequentemente, a Sua divindade, o significado da Sua morte apaziguadora na cruz, a Sua ressurreição dos mortos e a Sua ascensão, são também rejeitados.
É para nosso benefício eterno juntarmo-nos aos discípulos fiéis de Cristo, pois Ele nos abençoará a quando do Seu trono de julgamento: “…Vós mantivestes a minha Palavra e não negastes o Meu nome” (Apocal. 3:8). Quantos dos teólogos e pregadores modernos estão de acordo com esta norma?
11. Rejeição da Bíblia
A rejeição da Bíblia como sendo a inspirada Palavra de Deus é prática comum no mundo protestante. Quando as pessoas deixam de honrar a Palavra de Deus, não consideram as Suas revelações, e negam a Sua autoridade suprema no universo, elas desprezam os Seus mandamentos e, em consequência, não lhe submetem as suas vidas e convicções religiosas. Essas pessoas espiritualizam a Bíblia a seu bel prazer para alterar o seu significado Várias escrituras são destituídas do seu significado relegando-as a uma forma de mitologia ou superstição primitiva, que não é aceite pelo homem moderno. Tais pessoas excluem-se da vida eterna, fechando a única porta para a salvação. O Senhor Jesus diz: “Aquele que Me rejeita e não aceita as minhas palavras, tem um que o julga – a palavra que Eu tenho prègado a mesma o julgará no último dia” (João 12:48).
Muitos cristãos evangélicos não estão àlerta, não se exprimem com vigôr suficiente contra êste movimento subversivo; e até seguem por algum tempo êste caminho de decepção. Alguns deles pertencem a igrejas em que as profecias bíblicas são espiritualizadas e denegridas a tal ponto, que os seus membros não têm a mínima ideia dos sinais dos tempos, não acreditam na restauração de Israel ou no aparecimento de um Anticristo pessoal no tempo do fim, rejeitam por completo a promessa do arrebatamento, interpretam metafòricamente as profecias sôbre o reino milenário de Cristo e, consequentemente, não sabem onde se colocam no conselho de Deus para a humanidade. Como é que êles estão àlerta e oram??
12. Afastamento da fé
Existem muitos dogmas e religiões no mundo concebidas pelo homem, mas uma fé verdadeira em Deus e Seu Filho sob a convicção do Espírito Santo está a diminuir. O Senhor Jesus avisou-nos contra esta lamentável situação: “Quando o Filho do Homem vier, irá Êle realmente encontrar fé na Terra?” (Lucas 18:8). Esta pergunta faz-se em face de um problema muito real.Qual a causa do forte declínio da fé bíblica no fim dos tempos? Há vários motivos:
Decepção – O primeiro motivo é que os cristãos de uma maneira geral vão estar sujeitos à influência de ensinamentos falsos, que os enganam e os levam a afastar-se da sua fé na verdade: “Mas o Espírito diz expressamente, que nos últimos dias alguns se vão afastar da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tim. 4:1). Êles vão abandonar a verdade em resultado de sermões enganadores, e colocam a sua fé em teorias humanas que os declaram salvos com facilidade e sem arrependimento: “Pois o tempo virá em que não aceitarão doutrina sã: E, devido às suas concupiscências, amontoarão para si professores, tendo comichão nos ouvidos; e afastarão os ouvidos da verdade voltando às fábulas” (2 Tim.4:3-4). Neste contexto, fábulas referem-se a mentiras religiosas.
O arrebatamento – O segundo motivo é que, na altura do arrebatamento, o Senhor Jesus levará todos os verdadeiros crentes (a Sua noiva) da Terra para a sua mansão celestial (1 Tess. 4:16-17). Antes da Sua vinda secreta, eles brilharão como luzes no meio de uma geração tortuosa e perversa, e a sua súbita partida vai causar que grande escuridão espiritual desça sobre a Terra. As religiões falsas estarão nessa altura a ocupar uma posição dominante, todas elas seguindo e adorando o Anticristo (Apocal. 13:3).
Martírio – O terceiro motivo está relacionado com o facto que todos os verdadeiros crentes salvos no período de sete anos da tribulação, vão morrer como mártires durante o reino de terror do Anticristo (Apocl. 6:9-11; 13:7,15). Quando o Senhor Jesus voltar à Terra depois dos sete anos de tribulação, provavelmente vai haver pouquíssimos ou nenhuns crentes. No entanto, na altura da Sua vinda um resíduo de Israel e das nações virá à fé e será salvo (Zacar. 12:10; Mat. 24:29-30).
Nós estamos presentemente a viver numa altura em que falsos professores estão a causar devastação entre muitos cristãos. Os cristãos evangélicos devem mais que nunca obedecer aos avisos sérios do Senhor Jesus sôbre a magnitude da decepção do tempo do fim: “Tende cuidado que ninguém vos engane. Pois muitos virão em Meu nome dizendo Eu sou o Cristo e enganarão muitos…Então vão levantar-se muitos profetas falsos e enganarão muitos… Êles farão grandes sinais e maravilhas, de modo a enganarem se possível, até os eleitos” (Mat. 24:4-5,11,24).
Leitores: Estamos nós alerta e a acautelar-nos contra falsos ensinamentos?
Finalmente, lembremo-nos que o nosso poder espiritual e motivação vêm apenas de Jesus Cristo através da operação do Espírito Santo.Nós nunca seremos capazes de estar em guarda com êxito contra as artimanhas do inimigo e de nos mantermos firmes, se não possuirmos um vigoroso relacionamento com o Senhor Jesus. A finalidade principal das nossas vidas não deve ser compreender melhor a natureza dos ataques do inimigo, mas sim conhecer melhor o nosso Salvador e vivermos mais completamente em conformidade com a Sua morte e ressurreição. Apenas então possuiremos o discernimento espiritual e a fôrça necessários para com êxito identificarmos e fazermos frente a qualquer ataque do diabo. Paulo diz que a finalidade principal da sua vida era: “Para que eu possa conhecê-l’O ,à virtude da Sua ressurreição e à comunhão dos Seus sofrimentos, sendo feito conforme à Sua morte” (Fil.3:10). Apenas uma submissão total desta natureza pode ajudar-nos a estar de facto vigilantes e a vencer espiritualmente.
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