Pessoas que agem com falsidade, são de grande periculosidade. Mesmo não gostando de uma pessoa e fazendo de tudo para prejudicá-la, quando a vê, principalmente na companhia de outros, abre um “farto” sorriso, aperta mão e até abraça. O pensador Augusto Branco traduz bem essas atitudes, quando diz:
“Tratar bem a um desafeto não é ser superior nem educado: Isto é ser falso. E a falsidade me enoja. Prefiro um desafeto que me acerte um soco do que um desafeto que me oferece um sorriso: o primeiro é uma pessoa com convicções, o segundo é uma pessoa perigosa."
Quando o Senhor nos diz que devemos amar a todos sem distinção, não está insinuando que sejamos falsos. Porque o hipócrita finge "amar". Amar é também suportar as falsidades sem revidá-las.
Quem age com falsidade é hipócrita, e o hipócrita é um “ator”, pois aparenta compartilhar ideias, crenças, sentimentos, virtudes, que na verdade não as possui nem as simpatizam. A falsidade e o fingimento de comportamentos fazem parte do universo dos que vivem na hipocrisia. E isso não é simplesmente uma representação temporária, como fazem os atores e artistas de teatro, TV, cinema, mas é o modus vivendido hipócrita.
O hipócrita chega ao extremo de criticar os atos de alguém, quando ele na verdade pratica as mesmas ações. O hipócrita demonstra ser amigo de pessoas eminentes, quando o seu interesse maior é ficar “bem na fita”. Até “encena” livrar alguém em dificuldades, mas não eliminar suas reais dificuldades; se “mostra” solidário com o sofrimento alheio, mas é apenas “marketing pessoal”.
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